Chile: professores e estudantes desafiam Piñera e mantêm protesto
O Chile deverá viver nesta quinta-feira (4) mais um dia de protestos violentos. Em protesto contra o presidente Sebastián Piñera — que proibiu, absurdamente, as manifestações no país —, estudantes e professores anunciaram que farão uma grande marcha pelas principais avenidas da capital Santiago.
Os manifestantes denunciam o plano de educação anunciado na semana passada pela equipe de Piñera, além de reivindicarem mais investimentos no ensino superior e a desmunicipalização da educação básica e fundamental. No Chile, a iniciativa privada domina o ensino superior.
Segundo os líderes dos estudantes secundaristas, Paloma Muñoz e Freddy Fuentes, há uma insatisfação generalizada entre alunos e professores — daí a decisão de manter a onda de protestos. Nos últimos dias, em meio a polêmicas com autoridades federais, ocorreram cinco grandes manifestações, que foram reprimidas com truculência pelas forças policiais.
O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter, disse que o governo não vai autorizar as manifestações nem aceitar a "intransigência" dos estudantes e professores. Em outras palavras, o governo deixa claro que está disposto a violar a Constituição para evitar os protestos.
Na quarta-feira (3), houve reunião entre Hinzpeter, o presidente da Teachers College (equivalente ao sindicato dos professores), Jaime Gajardo, e a representante dos estudantes universitários Camila Vallejo. Sem acordo. Gajardo confirmou a insatisfação dos professores com as medidas anunciadas pelo governo.
Fonte: Agência Brasil
de Agosto de 2011 - 9h57
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