14 de agosto de 2012



CONSTRUIR A MARCHA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
Ao longo dos últimos cinco anos, os ataques do governo do estado aos direitos dos/as trabalhadores/as da educação foi uma prática constante, orquestrada e sistemática, com o objetivo não apenas de tentar enfraquecer o nosso sindicato, retirando direitos e protelando árduas conquistas de nossa categoria, mas principalmente de atingir um direito básico e muito caro à população pobre de nosso estado: a educação pública.
Em 2011, fomos mais uma vez forçados a radicalizar na luta para garantir a efetivação do PCCR e o pagamento do Piso Salarial, entretanto o governador Jatene (PSDB), jogando para a sociedade anunciou, em setembro daquele ano, a “implantação” do plano e o “adiantamento” de 30% da diferença que faltava do piso. Ainda hoje, questões importantíssimas da lei não foram resolvidas: a regulamentação dos abonos pecuniários e das aulas suplementares, a aprovação de uma lei específica estabelecendo o SOME e a inclusão das várias categorias de profissionais da educação no referido plano. Some-se a isso o fato do governo ter mudado, unilateral e autoritariamente, a base de cálculo da remuneração dos/as servidores/as, o que provocou uma série de equívocos e problemas que perduram até hoje.
As propostas do governo foram categoricamente rejeitadas pela nossa categoria, cansada de ser desvalorizada e responsabilizada pela processo de precarização e sucateamento da educação pública no Pará. As negociações não avançaram e a greve tornou-se inevitável. Foram mais de 50 dias de paralisação que frearam o ímpeto do governo tucano de debitar na conta do SINTEPP, o seu descompromisso com a educação pública.
Este ano o governo Jatene (PSDB), partindo da premissa de que “a melhor defesa é o ataque”, desferiu um forte golpe ao processo de negociação que vinha sendo encaminhado, à própria lei que estabelece o PCCR e, por conseguinte, à nossa categoria, ao retirar do nosso contracheque o abono do FUNDEB, sob o pretexto de pagar o piso salarial de 2012. Mais uma tentativa em vão de ludibriar os/as educadores/as, cuja história de organização e combatividade é a essência da própria existência do SINTEPP, marcada nas lutas e na defesa intransigente de nossos direitos e conquistas. Percebendo a ineficácia de sua tática, o governo apostou então na embromação ao propor um calendário de discussão para encaminhar as pendências do plano, empurrando com a barriga a resolução, para o fim do ano, talvez com medo do debate acerca das aulas suplementares.

Leia mais em: http://sintepp.org.br/v2011/index.php




Nenhum comentário:

Postar um comentário