CONSTRUIR A MARCHA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
Ao longo dos últimos cinco
anos, os ataques do governo do estado aos direitos dos/as
trabalhadores/as da educação foi uma prática constante, orquestrada e
sistemática, com o objetivo não apenas de tentar enfraquecer o nosso
sindicato, retirando direitos e protelando árduas conquistas de nossa
categoria, mas principalmente de atingir um direito básico e muito caro à
população pobre de nosso estado: a educação pública.
Em 2011, fomos mais uma vez
forçados a radicalizar na luta para garantir a efetivação do PCCR e o
pagamento do Piso Salarial, entretanto o governador Jatene (PSDB),
jogando para a sociedade anunciou, em setembro daquele ano, a
“implantação” do plano e o “adiantamento” de 30% da diferença que
faltava do piso. Ainda hoje, questões importantíssimas da lei não foram
resolvidas: a regulamentação dos abonos pecuniários e das aulas
suplementares, a aprovação de uma lei específica estabelecendo o SOME e a
inclusão das várias categorias de profissionais da educação no referido
plano. Some-se a isso o fato do governo ter mudado, unilateral e
autoritariamente, a base de cálculo da remuneração dos/as servidores/as,
o que provocou uma série de equívocos e problemas que perduram até
hoje.
As propostas do governo foram
categoricamente rejeitadas pela nossa categoria, cansada de ser
desvalorizada e responsabilizada pela processo de precarização e
sucateamento da educação pública no Pará. As negociações não avançaram e
a greve tornou-se inevitável. Foram mais de 50 dias de paralisação que
frearam o ímpeto do governo tucano de debitar na conta do SINTEPP, o seu
descompromisso com a educação pública.
Este ano o governo Jatene
(PSDB), partindo da premissa de que “a melhor defesa é o ataque”,
desferiu um forte golpe ao processo de negociação que vinha sendo
encaminhado, à própria lei que estabelece o PCCR e, por conseguinte, à
nossa categoria, ao retirar do nosso contracheque o abono do FUNDEB, sob
o pretexto de pagar o piso salarial de 2012. Mais uma tentativa em vão
de ludibriar os/as educadores/as, cuja história de organização e
combatividade é a essência da própria existência do SINTEPP, marcada nas
lutas e na defesa intransigente de nossos direitos e conquistas.
Percebendo a ineficácia de sua tática, o governo apostou então na
embromação ao propor um calendário de discussão para encaminhar as
pendências do plano, empurrando com a barriga a resolução, para o fim do
ano, talvez com medo do debate acerca das aulas suplementares.
Leia mais em: http://sintepp.org.br/v2011/index.php
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