27 de setembro de 2017

A CÂMARA DE VEREADORES PRECISA RESPEITAR OS EDUCADORES

Pavão: o engenheiro das obras prontas

Já não é mais novidade para toda a população de Parauapebas, a polêmica do precatório.  Assim como também, não é novidade que o Sintepp, juntamente a sua Assessoria Jurídica e através de várias mobilizações com a categoria, tem logrado êxito nessa discussão, que se iniciou ainda no ano passado, primeiramente com o ex-prefeito, que demonstrou não ter interesse em aplicar a verba na educação, por isso o Sintepp entrou com o pedido de bloqueio de 60%, e também com o atual prefeito, Sr. Darci Lermen.
Assim que assumiu a prefeitura, o atual gestor se comprometeu em cumprir o acordo firmado com o Sintepp, porém ponderou sobre a necessidade de destacar parte desse recurso para outras áreas distintas da educação. O Sintepp sempre alertou da possibilidade de o governo incorrer em crime de improbidade administrativa, pois uma vez que a verba é vinculada ao FUNDEF/FUNDEB não poderia ser aplicada de forma diferente do que fala a lei, mas mesmo assim o governo assumiu o risco.
As discussões continuaram até chegar ao ponto de o governo, através de várias análises, entender que o risco de cometer crime de improbidade administrativa é muito grande e, portanto, chegou-se ao entendimento de que 100% do recurso deverá ser aplicado na educação, sendo 60% para pagamento/rateio e 40% para manutenção do ensino.
Já são nove meses de negociações e durante esse período o vereador Pavão ou outra entidade se interessou pelo debate, a não ser o Sintepp, que do montante de R$ 85.832.534,84, conseguiu garantir à categoria R$ 51.499.520,90 a serem pagos em forma de abono aos servidores em exercício e o pagamento das rescisões dos contratados demitidos o ano passado.
No entanto, a prefeitura alegou que para não ultrapassar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, só poderia pagar, nesse momento, o valor de R$ 10.000.000,00, que serão rateados conforme acordo celebrado com o Sintepp e referendado pela assembleia.
O acordo entre Sintepp e PMP prevê que o restante da verba, ou seja, 40% sejam aplicados diretamente na educação, através de um plano a ser elaborado por uma equipe constituída por membros do SINTEPP, do COMEPA e do governo.
Isso significa que R$ 34.333.534,93 ainda estão pendentes do plano que estabelecerá sua aplicação. No entanto, nenhum vereador se dispôs a lutar por esse valor. O que o Exmo. Sr. Pavão quer é se aproveitar da luta da categoria para se aparecer como o pai da criança.
É preciso que se esclareçam algumas questões: 1. Esses R$ 10.000.000,00 saíram dos 60% que o Sintepp reivindicou; 2. A lei do FUNDEB é clara e objetiva quando diz que no mínimo 60% serão para pagamento de profissionais do magistério, ou seja, professores em atuação na Rede de Ensino; 3. A mesma lei também fala que os 40% podem ser utilizados para pagamento, mas não há obrigatoriedade.
Portanto, se o Sr. Pavão quer  tanto beneficiar os demais servidores da educação, e o Sintepp é a favor, inclusive se dispôs a engrossar essa fileira, que o façam requerendo dos 40% e não dos 60% que nós já conquistamos.
Senhor Pavão, chegar na hora de cortar a fita é muito fácil!!! Por que você não apareceu na hora de carregar as pedras????

Professor Rosemiro Laredo.
Coordenador Geral SINTEPP
Subsede Parauapebas/PA.       

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