7 de abril de 2016

RESPOSTA DO SINTEPP AO GOVERNO MUNICIPAL E A COMUNIDADE

O SINTEPP – Sub sede de Parauapebas, por meio de sua Coordenação Geral, informa aos pais de alunos e a comunidade em geral que as escolas da rede pública de ensino estão com as suas atividades de ensino paralisadas, até que o governo retome a mesa de negociação com a comissão oficial do SINTEPP.

De fato existe uma carga-horária e um número de 200 dias letivos a serem cumpridos, de acordo com o que estabelece a LDB e esses dias devem ser repostos pelos professores assim que findar a greve. Essa reposição será discutida posteriormente pela categoria representada pelo SINTEPP, de forma que nem os professores e muito menos os alunos sejam penalizados.

Sobre o reajuste proposto pela Administração Municipal, inicialmente foi de 4%, depois 6% e 7% apenas para os professores, excluindo os diretores e coordenadores. Os 11,28% foram o que o SINTEPP e SINSEPPAR conseguiram obter com base no INPC para todos os profissionais da educação.

No entanto, observa-se que em se tratando da categoria dos educadores, esse reajuste não corresponde ao ideal, pois a base de cálculo do Piso de 2016 é de 11,36% que se somados aos 3,01% que o governo ficou devendo o ano passado, chegaria a uma revisão salarial de 14,37%. O governo federal deixou a cargo de cada ente-federativo efetuar o reajuste dos professores de nível superior, sendo assim, não é verdade que os professores de Parauapebas recebem duas vezes mais do piso estabelecido por lei.

Atualmente o piso dos educadores no Brasil é de R$ 2.135,64 conforme prevê a Lei 11.738/2008, porém o governo deixou de esclarecer que esse piso é de nível médio e a maioria dos professores de Parauapebas tem nível superior.

Com relação ao auxílio alimentação essa foi uma conquista da categoria na greve de 2010 e não do governo. Ele apenas regulamentou uma Lei do Auxílio Alimentação que já estava em tramitação.

O pagamento das horas-atividades também é uma conquista da categoria, via ação judicial movida contra a Prefeitura.

A crise econômica pela qual passa o país não é desculpa para o governo municipal rebaixar o salário dos servidores públicos, especialmente daqueles que têm lei específica, piso nacional e fundo próprio da educação.


ALEGA-SE CRISE, MAS POR QUE SUSTENTAR SALÁRIOS ALTÍSSIMOS DE 800 ASSESSORES ESPECIAIS?


Não é verdade que o governo municipal vem considerando todas as vantagens do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Quadro do Magistério.

Se assim o fizesse, já teria pago as progressões verticais para todos os professores, independentemente de sua função na rede de ensino e as progressões horizontais, suspensas desde 2011, como também a gratificação de 15% aos professores habilitados que trabalham com crianças portadoras de necessidades especiais e 15% aos educadores que atuam no campo em escolas de difícil acesso.

Faltou ainda este governo explicar por que o nosso auxílio alimentação não é pago com recurso próprio da prefeitura, a exemplo dos outros servidores municipais. Por que em nosso caso esse auxílio é pago com recurso federal do FUNDEB ao mesmo tempo em que a lei que implanta esse auxílio é municipal?

Vale ressaltar que muitas escolas estão sucateadas, colocando a vida de servidores e alunos em risco.

Diante dos fatos verídicos, o SINTEPP reitera que a GREVE é legal e legítima, pois no seu primeiro dia já recebeu adesão de 80% das escolas da rede municipal.

Parauapebas/PA, 06 de abril de 2016.

Raimundo Pereira Moura Martins.

Coordenador Geral do SINTEPP - Parauapebas.

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