Por unanimidade os trabalhadores em Educação mantiveram a greve estadual da categoria que já dura mais de 70 dias. A decisão foi tomada na manhã de hoje durante a assembleia geral da categoria realizada no acampamento montado pelos trabalhadores ao lado do Palácio do Karnak, mesmo reconhecendo os avanços conseguidos pela comissão de negociações na última semana.
Em quatro pontos houve um significativo avanço nas negociações: no primeiro a comissão liderada pelo SINTE-PI convenceu a cúpula do Governo a pagar os 22,23% para toda a categoria e naõ apenas para as classes A e B como o Governo defendia deste o inicio da greve; outro avanço importante foi na regulamentação das transposições e o terceiro, na mudança de classes. Por fim o Governo também vai pagar o auxilio transporte diretamente no contracheque do trabalhador em Educação, uma antiga reivindicação da categoria.
A decisão de manter o movimento grevista foi tomada após a categoria analisar uma proposta apresentada pelo Governo do Estadual que prometia pagar os 22,23% linear dos trabalhadores. Mas o fato de propor o reajuste dividido em quatro parcelas com a última somente em outubro, foi um dos fatores que levaram a categoria a manter o movimento por tempo indeterminado.
Os professores exigem o reajuste de uma só vez e imediato. Eles desconfiam que o Governo não cumpra o que prometeu como já aconteceu com outros servidores, como os da Secretaria da Fazenda e Policiais Militares.
Os trabalhadores também exigem o pagamento dos retroativos deste ano para todas as classes e não apenas para os professores classes A e B que são menos de 10% da categoria.
Os trabalhadores também não abrem mão da regência, a gratificação de estímulo à sala de aula que o Governo está tentando acabar. Hoje, durante a assembleia, a maioria dos trabalhadores fez questão de citar estes pontos como sendo essências para a categoria.
Após a assembleia os trabalhadores em Educação saíram em passeata pelas principais ruas e avenidas do centro da cidade.
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