Esta foi a maior greve no município. Foram 23 dias de muita luta e cansaço de todos aqueles que foram as ruas ou ficaram em vigílias na praça municipal. Nossa maior vitória foi à união que demonstramos ter. Os nossos governantes irão, daqui para frente, pensar duas vezes antes de afirmar veemente que nós não somos unidos, ou que lutamos apenas por reajuste salarial.
A greve de 2010 se deu pela manutenção de nossos direitos que estavam sendo tirados de todos os funcionários públicos de Jacundá. Ficamos 8 dias de greve e conseguimos reverter esta atrocidade, conquistamos de volta licença prêmio, licença para acompanhamento aos nossos dependentes em caso de doenças, licença para estudarmos, adicional por tempo de serviços, mandato classista e reformas em algumas escolas. Esta, até então, não foi por reajuste salarial, pois nós, que estamos vigilantes ao recuso do FUNDEB, sabíamos que não seria possível, pois naquele momento, infelizmente, não havia recursos para tanto.
Entretanto, amigos, não é a realidade financeira de 2011, pois, este ano, dinheiro tem, e muito, mas este não viria para as nossas mãos em forma de reajuste. O governo deixou isto claro em diversas reuniões que tivemos antes da greve. Foi preciso a nossa união para que obtivéssemos estes 7% de reajuste, sendo este ainda subdivido em duas partes, pois até a noite de sexta-feira 29 de abril teríamos apenas os 2% de adequação do piso salarial. Estes 7% não é o que gostaríamos, mas foi o possível.
“Conseguimos um reajuste, o não desconto dos dias parados, abono em agosto de 60% do recurso que está em conta e instalação de nova mesa de negociação para possíveis reajustes ou distribuição de abonos. Porém o mais importante desta greve foi sem duvida a aprovação do Regime Jurídico no dia 11 de abril de 2011 e o compromisso dos vereadores em aprovar o nosso PCCR no dia 09/05/2011. Precisamos estar atentos a esta data, pois precisamos acreditar que nossos vereadores irão honrar tal compromisso lavrado em ata assinado por todos os presentes como representante da igreja católica, das igrejas evangélicas, do comércio, das entidades filantrópicas, do Conselho Municipal de Educação, representantes do Conselho do FUNDEB, do Sintepp e assessor jurídico bem como a assinatura da Secretária Municipal de educação, do prefeito e seus assessores jurídicos.
Não é o que gostaríamos, mas não poderíamos ter tomado outra atitude se não pelo fim da greve, pois éramos poucos naquela noite, muitos companheiros não estavam lá, e não poderíamos correr o risco de permanecer em greve e não ter o apoio deles, pois o governo mais uma vez na frente de todos, nos afirmava que teríamos Zero de reajuste. Diante de tal ameaça, e da ausência de muitos colegas na hora que fomos repassar tal informação, a maioria dos colegas que lá estavam optaram pelo retorno. Cabe aos demais agora acatar esta decisão, pois como todos foram informados que qualquer decisão seria coletiva entre aqueles que estavam presente no ato da negociação.”
Jacundá, 02/05/2011
Sintepp Somos nós, Nossa Força é a nossa Voz!!!!!
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